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MIGUEL VON DANGEL 


Miguel Von Dangel nasceu na Alemanha em 1946, mas reside na Venezuela desde os dois anos de idade. Em 1963 ele se matriculou na Escola de Artes Visuais Cristóbal Rojas, que seguiu os cursos gratuitos de decoração e gravura, No entanto, sua formação foi essencialmente autodidata, em contacto com a natureza e tomando como exemplo o trabalho de Barbaro Rivas, que foi um vizinho, em Petaluma, uma cidade onde von Dangel sempre viveu. Em 1965 foi realizada sua primeira exposição  na Sociedade Maraury em Petare. A estético de Von Dangel não é limitado exclusivamente à pintura sobre tela, continuamente testou escultura, colagem e objectos que se relacionam em uma vitalidade frenética, sua predisposição para taxidermia[1], paixão pelo simbólico e  incontestável vocação mística/religiosa, que oscila entre irreverência e metafórico.

A prática como taxidermista talvez lhe permitisse adquirir certo rigor científico. Pintar em outro contexto permite-lhe, em suas próprias palavras, dar expressão ao seu mundo interior. De alguma forma, a arte de dissecar animais e pintura é justaposta em uma espécie de grito existencial que busca ascender em direção ao luminoso, em direção àquele universo do sagrado. Ascensão que se afasta dos preceitos religiosos estabelecidos. Toda essa simbologia mística que caracteriza o trabalho do artista plástico Von Dangel se apoia bem como Victor Guédez, escreveu "em um repertório necrófilo, um mal irreverente e um objetuaslismo extravagante". Sem mencionar que um barroco alegórico é feito palpável em todas as suas criações menos como um recurso estético do que como uma proposta espiritual rasgada.

Suas "Sacrifixiones"[2], expostas em 1969 na "Gallery 22", tiveram princípio em sua escultura "Spiritual portrait of a time". Obra que na época era censurada pela ortodoxia eclesiástica, sempre negada a beleza, sempre inflexivel.

Outros prêmios: A palavra só, Pintura Galeria Cultural da Juventude Casa, Petare, estado Miranda; Fundação Jobs Southern Cross, II Prêmio Ernesto Avellan, Sala de Exposições da Fundação Mendoza, 1974; Prêmio Internacional de Associação Críticos de Arte (AICA), 1991; prêmio da exposição - Arte Eco -, Rio de Janeiro, de 1992, um evento que acompanhou a Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento.[3]

 

Fez parte de um grupo intitulado “Artmagedón”, cujas atividades foram desenvolvidas em Helena Pavlu Gallery e, em 1973 e 1974, foi convidado para o II Prêmio Avellan e Ernesto, na Sala Mendoza. Em 1981 ele fez sua primeira viagem à Europa. Com o retorno do quarto navio , trabalho monumental de 5 x 10 m, freqüenta a Bienal de São Paulo em 1983. Antigamente, era o único envolvido a representar a Venezuela na Bienal de Veneza, Itália. Miguel von Dangel ganhou as Artes Nacionais para 1992.[4]

 

Principais exposições individuais:

1965 -Sociedade Maraury, Petare;

1966 - Espiral Galeria;

1969 - Galeria 22;

1972 -Galeria O pássaro que estava chovendo;

1982 - Galeria Felix;

1982 -Sala Mendoza;

1986 - Lee Gallery;

1987- 1988;- Galeria Artisnativa;

1989 - Armitano Art Center, Caracas;

1990 – MACCSI;

1993 - Museu de Arte Contemporânea de Mario Abreu, Maracay, Aragua;

1963-1993 - Exposição Retrospectiva;

1994 – GAN.

2018 -Exposição: 'A Coleção Eco Art: gravuras contemporâneas', Galeria Municipal de Bauru, São Paulo

 

REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS:

YUSTI, Carlos. El Universo Sagrado de Miguel Von Dangel. 2000. Disponível em: <http://www.analitica.com/entretenimiento/el-universo-sagrado-de-miguel-von-dangel/> acesso em: 23/05/2018.

ISSUU. Reflexiones em torno Al- Des- esperanto: Miguel Von Dangel. 2010. La Cucaracha Ilustrada. Fondo Editorial, ONG Caracas Venezuela. Disponível em: <https://issuu.com/blend-studio/docs/desesperanto_web> acesso em: 24/05/2018.

 

[1] Nome técnico do empalhamento de animais, que significa "dar forma à pele", é o feito de montar ou reproduzir animais para exibição ou estudo. 

 

[2] Denominadas Sacrifixiones, as obras buscam, antes que ser anti-religiosas ou de sacrilegio, apresentar uma iconografía menos doméstica.

 

[3] YUSTI, Carlos. El Universo Sagrado de Miguel Von Dangel. 2000. Disponível em: <http://www.analitica.com/entretenimiento/el-universo-sagrado-de-miguel-von-dangel/> acesso em: 23/05/2018.

 

[4] ISSUU. Reflexiones em torno Al- Des- esperanto: Miguel Von Dangel. 2010. La Cucaracha Ilustrada. Fondo Editorial, ONG Caracas Venezuela. Disponível em: <https://issuu.com/blend-studio/docs/desesperanto_web> acesso em: 24/05/2018.

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